Justiça nega devolução de animais apreendidos ao Le Cirque
postado em 16 ago 2023

Quinze anos depois de uma grande apreensão de animais por motivos de maus-tratos, a Justiça negou, mais uma vez, a possibilidade do circo Le Cirque reaver os animais.

Na época da operação do Ibama, em 2008, dois chimpanzés – Jeber e Tyson, ambos nascidos em 1990 – estavam entre as vítimas, e foram relocados para o Santuário de Grandes Primatas de Sorocaba, em São Paulo.

Ambos os chimpanzés haviam sido castrados e tiveram todos os dentes arrancados. Chegaram ao Santuário muito traumatizados e marcados por cicatrizes de correntes e traumas de viver em uma carreta pequena e suja. Felizmente tiveram a oportunidade de usufruir de uma qualidade de vida digna em cativeiro.

A sentença proferida é importantíssimo precedente já que reconhece a senciência dos animais não-humanos,  reafirma a existência de maus tratos aos animais submetidos à rotina circense, faz um paralelo com a necessidade de os animais não humanos merecerem o mesmo princípio do melhor interesse que se reconhece a humanos em situação de particular fragilidade, como crianças e portadores de deficiência, por serem inerentemente indefesos.

Leia a sentença completa – sentença le cirque-0704386-45.2019.8.07.0018-1692060200543-727377-sentenca ação civil para permanecer no santuário.

Justiça do DF nega devolução de animais apreendidos ao Le Cirque

Por Carlos Silva (Correio Braziliense)

Os animais foram apreendidos em 2008, com sinais de maus-tratos. Além da negativa, foi estipulada uma multa de R$ 500 mil caso o circo tente reavê-los

A Justiça do Distrito Federal negou o retorno de animais apreendidos com sinais de maus-tratos ao Le Cirque. A Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF reafirmou o entendimento liminar anterior, que também havia negado a devolução, e estipulou uma multa de R$ 500 mil, caso o circo tente reavê-los do santuário em que se encontram.

A decisão tomada pelo juiz Carlos Maroja baseou-se em evidências contundentes de maus-tratos aos animais que foram apreendidos em agosto de 2008. “A inadequação do tratamento que era conferido pelos réus aos animais foi confirmada pelos laudos veterinários que atestaram o precário estado de saúde em que estavam quando resgatados pelos órgãos fiscalizadores”, ressaltou.

Leia a matéria completa em https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2023/08/5116288-justica-do-df-nega-devolucao-de-animais-apreendidos-ao-le-cirque.html